Linhas de Pesquisa

Aspergillus spp & Aspergilose

A pesquisa com Aspergillus spp. e aspergilose teve início no ano de 2004 através de um trabalho em conjunto com o Centro de Recuperação de Animais Marinhos de Rio Grande. Os primeiros diagnósticos desta micose em pingüins em reabilitação incentivaram a pesquisa sobre a qualidade do ar, verificando a presença de Aspergillus spp. no ambiente e sua taxonomia, bem como a pesquisa de medidas de prevenção e controle da micose em aves marinhas em cativeiro. vem sendo ampliada na área de diagnóstico precoce e tratamento da aspergilose nestes animais.

Candida spp & Candidose

O trabalho que despertou o interesse por estas leveduras foi o diagnóstico e relato de candidíase mucocutânea crônica em cão. A pesquisa com o gênero Candida iniciou através do desenvolvimento de dissertação de mestrado que isolou o microorganismo da cavidade vaginal de fêmeas caninas de animais relacionando com as fases do ciclo reprodutivo, sendo trabalho realizado com um grupo controlado de animais e com animais de vida livre. Após esta etapa, tem-se desenvolvido trabalhos avaliando a susceptibilidade dos isolados a antifúngicos convencionais e fitoterápicos, assim como a pesquisa da levedura em outros sítios anatômicos de animais e humanos.

Cryptococcus spp & Criptococose

O trabalho com Cryptococcus neoformans teve início em 2001, com a pesquisa da ocorrência desse agente no meio ambiente na cidade de Pelotas, onde se coletou amostras de excretas de pombo em torres de igreja, engenhos e armazéns de arroz, praças, prédios históricos e locais ao ar livre. Hoje a linha de Cryptococcus envolve a pesquisa de alternativas de terapia, como uso de imunomodulador como adjuvante no tratamento da enfermidade.

Dermatófitos & Dermatofitoses

O estudo de dermatófitos iniciou com a pesquisade Trichophyton sp. em grandes animais, o que levou a realização de duas dissertações de mestrado. Concomitante o estudo foi realizado também em pequenos animais. Testes in vitro, de susceptibilidade a extratos de plantas foram realizados frente a dermatófitos dos gêneros Microscporum e Trichophyton. Hoje está sendo realizada a pesquisa de dermatófitos em felinos silvestres encaminhados para centros de reabilitação no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

Malassezia spp & Malasseziose

estudo da Malassezia pachydermatis surgiu em 1996 com o desenvolvimento da primeira dissertação de mestrado realizada no Laboratório de Micologia envolvendo pequenos animais. Já foi realizado o estudo da freqüência desta levedura como agente causador de otite externa e dermatite em cães e gatos, sendo também estudada a levedura como microbiota da pele e mucosas destes animais. Posteriormente iniciou-se o estudo da sensibilidade in vitro e in vivo deste agente frente a antifúngicos assim como o estudo molecular da levedura, diferenciando-as em subtipos. Hoje o teste in vitro de sensibilidade também abrange o uso de fitoterápicos.

Sporothrix schenckii & Esporotricose

A pesquisa em esporotricose iniciou em 1998 a partir de um caso clínico em gato doméstico com envolvimento zoonótico, posteriormente, estudos epidemiológicos foram realizados nas cidades de Pelotas e Rio Grande. Fatores de patogenicidade do fungo S. Schenckii tem sido avaliados, assim como, testes in vitro e in vivo de antifúngicos, como itraconazol e terbinafina, frente ao fungo. Atualmente, os estudos avaliam o perfil molecular do fungo, a resposta imune de animais com esporotricose e a utilização de terapias alternativas para o tratamento da micose.

Estudos moleculares de leveduras

Vários métodos moleculares estão sendo utilizados para identificação e tipagem de gêneros e espécies fúngicas. Os estudos moleculares no laboratório de Micologia, tiveram seu inicio no ano de 2001 com gênero Malassezia, através da técnica de RAPD-PCR a partir de isolados oriundos de cães e gatos sadios e doentes. Mais pesquisas vem sendo realizadas, como a aplicação das técnicas de PCR e RAPD-PCR para estudos de identificação e diferenciação molecular de outros gêneros de leveduras, como por exemplo, Candida spp e de fungos filamentosos como Aspergillus spp.